sábado, 8 de outubro de 2011

A HORA DO ESPANTO - FRIGHT NIGHT


NOTA: 7,5.
- Você tem me observado e eu tenho observado você. Sua mãe se sente negligenciada. Dá pra sentir no cheiro. Sua namorada é bem madura. É o seu dever cuidar das duas, porque tem muita gente ruim nesse mundo, Charlie.

O filme se vale de uma ótima locação para passar esse tipo de filme: Las Vegas. Além de ser perfeita pra filmes de comédia e despedidas de solteiro, a cidade também se mostra perfeita para que um vampiro possa passar incógnito por lá. Afinal, estamos falando de uma cidade em que muitas pessoas dormem de dia para trabalhar durante a noite. Tanto é que o personagem principal do filme acha completamente normal seu vizinho pintar as janelas de preto e somente sair a noite. "É Las Vegas. Muita gente faz isso."
O garoto é Charley Brewster (Anton Yelchin), um adolescente que está no último ano do colégio e mora com sua mãe (Toni Collette) e tem uma namorada Amy (Imogen Poots). Um novo vizinho se muda para a casa ao lado da sua. Ele é Jerry (Colin Farrel), um homem solteiro e boa pinta que trabalha com construções na parte da noite. Para garantir o descanso, todas as janelas são pintadas de preto, como observou-se no início do filme.
É um amigo de Charley, Ed (Christopher Mintz-Plasse), que começa a perceber coisas estranhas. Vários garotos do colégio começam a sumir das aulas. Eles foram grande amigos antes de Charley ficar mais popular e abandonar o amigo. Ele apela para a antiga amizade para fazer com que Charley o ajude a decifrar o enigma dos desaparecimentos. É ele quem avisa a Charley que o novo vizinho Jerry é na verdade um vampiro.
Inspirado em um filme de 1985 (veja a resenha aqui), o filme contava com um personagem interpretado por um inspirado Roddy McDowall chamado Peter Vincent (uma mistura de nomes homenageando Peter Cushing e Vincent Price). Era um ator que apresentava um programa de vampiros onde passavam filmes que ele atuava como um grande caçador. Aqui, infelizmente, o personagem não é tão interessante como no original. Peter Vincent (David Tennant) aqui, é dono de um show bizarro em Vegas envolvendo vampiros e efeitos especiais de palco.
É claro que Charley eventualmente vai perceber que Jerry é realmente um vampiro. Assim como é claro que ninguém vai acreditar nas acusações dele de que o vizinho é um vampiro. Muito menos a polícia, que quando vai à casa de Jerry pra investigar a denúncia de Charley, bate um papo animado com o vampiro como se fossem velhos amigos. Em um filme desse tipo, o herói sempre deve lidar com a situação por conta própria.
Não é um filme tão bom quanto o original de 1985, mas teve uma "repaginação" justa ao material original com algumas boa surpresas no enredo. Além disso, conta com um elenco inspirado e é tecnicamente muito bem feito. Uma bela supresa do diretor, Craig Gillespie, que já tinha me gradado bastante com A garota ideal. Quanto a ser um filme de vampiro? Bem. Se trata de um muito bom. Nessa escassez do gênero nos novos tempos, isso conta pra muita coisa.

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