sexta-feira, 15 de abril de 2011

HOMENS E DEUSES


NOTA: 8.
- Os homens nunca cometem o mal tão completamente e alegremente como quando eles o fazem por convicções religiosas.

A frase acima, usada no filme, foi escrita por Pascal e é perfeita para o filme. O homem é capaz de fazer guerras pelos mais diversos motivos, mas sempre parece mais fácil o fazer por motivos religiosos. Mesmo que se pregue tolerância, os homens estão sempre dispostos a matar, e morrer, pelas suas convicções.
Este filme conta a história de 8 monges trapistas que estavam na Argélia em 1996. Eles celebravam seu Deus e ajudavam as pessoas na vila ao lado do monastério. Na verdade, conforme descobrimos no filme, a vila cresceu por causa deles. Quando não estão rezando e cantando, eles dão roupas para as pessoas, assistência médica entre outras coisas. Além disso, cuidam das suas plantações e vendem mel para suprir suas despesas.
Apesar de serem religiosos, eles não tem intenção de converter nenhuma pessoa da vila. Eles atendem a todos e em nenhum momento tentam convencer ninguém a nada. Tanto que todos os dias, apenas os monges estão presentes nos ritos religiosos. Em nenhum momento vemos qualquer outra pessoa participando. Essas são pessoas que prezam a tolerância, e nós conseguimos sentir o clima de paz que eles conseguem manter.
Os conflitos na região começam a piorar. Terroristas cortam as gargantas de trabalhadores, as tropas do governo matam terroristas na estrada. Um grupo obriga os monges a cuidarem de um de seus homens, que foi baleado. O governo quer que os monges saiam de lá, mas eles sentem que não podem sair. Sentem a missão deles ainda não está terminada. Sem contar que eles sentem uma obrigação para as pessoas da vila que dependem dele.
Apesar de acompanharmos todos os monges, dois se destacam. Um é Christian (Lambert Wilson), eleito o líder do grupo, um homem correto que realmente acredita que sua missão de vida está naquele lugar. Outro é Luc (Michael Lonsdale), um velho cansado e asmático que ainda assim não se nega a ajudar todas as muitas pessoas que vão em busca de ajuda.
Eles poderiam evitar qualquer coisa de ruim que pode acontecer com eles. Seria tão simples. Eles só precisariam sair daquele lugar, mas não o fazem. Há cenas muito boas, em especial quando os monges se sentam para beber vinho. Eles simplesmente colocam uma música e aproveitam a ocasião. Não há palavras e elas não são necessárias. Esta é a "última ceia" desses homens.
Não é um filme que foca em discutir questões políticas. É um filme que pretende mostrar a nobreza desses homens. Talvez pudesse levantar algumas questões que prefere não tocar e ser mais contemplativo, mas ainda assim é um filme tocante.

3 comentários:

  1. Chaaaaaato... Rs...
    Antonio roncou. Eu senti inveja dele. Hehehee...

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  2. Lindo filme, para quem curte o cultivo a espiritualidade!
    Muto tocante!

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