segunda-feira, 22 de novembro de 2010

UM PARTO DE VIAGEM


NOTA: 8.
- Olha só. Tenho cobertura do seguro. (depois de jogar o carro de um viaduto)

O diretor Todd Philips está se tornando um dos maiores nomes da comédia da atualidade. Não por acaso, fez pelo segundo ano seguido a comédia que mais me fez rir no ano todo. Ano passado o fez com Se beber não case e agora com este filme. E planeja mais ainda, pro ano que vem já está agendado o lançamento de Se beber não case 2 (se é que vão manter esse nome em português, já que segundo informações não haverá casamento algum).
As tramas de seus filmes são simples em sua forma. Antes, era um grupo de amigos tentando encontrar o noivo desaparecido em Las Vegas. Aqui, são dois homens que, por uma série de acontecimentos, tem que viajar juntos de carro de Atlanta para Los Angeles.
Os dois são bem diferentes. Peter (Downey) é um arquiteto certinho e organizado que está voltando para Los Angeles depois de uma viagem de negócios. Ele está ansioso porque sua mulher está perto de dar a  uma menina. Ethan Tremblay (Galifianakis) é um ator relaxado, maconheiro que consegue fazer os dois serem expulsos do avião por usar as palavras "bomba" e "terroristas" insistentemente. Como a carteira de Peter ficou dentro do avião, ele é obrigado a viajar junto com Tremblay de carro.
A viagem conta com algumas paradas inesperadas. Eles param para tentar receber dinheiro numa agência, na casa de um amigo de Peter que os ajuda a continuar a viagem e até mesmo para comprar maconha (Tremblay afirma o filme inteiro que sofre de glaucoma). O papel da traficante fica por conta de Juliette Lewis, fazendo uma segunda participação pequena nos filmes de Philips. A primeira foi a esposa infiel de Luke Wilson em Dias incríveis. Todas essas paradas geram situações de fazer rolar de rir.
E realmente o filme tem ótimas cenas hilárias, mas peca pelos personagens de pouca empatia. Peter é um estourado que explode e fala as maiores grosserias por muito pouco. Chega até a cuspir na cara de um cachorro. Tremblay não melhora muito, ele não tem sequer qualquer capacidade aparente para viver em sociedade. Muito menos para passar uma viagem com um descontrolado. Não dá sequer pra descobrir porque Peter volta para buscar Tremblay depois de abandoná-lo senão porque o filme ainda não tinha acabado.
Por isso que apesar de ter feito rir bastante, não alcançou seu sucesso anterior. Na verdade, poucos filmes conseguirão ser tão engraçados quanto Se beber não case. Chego até a duvidar que a continuação conseguirá esse feito. Mas ainda assim pode gerar boas risadas, e em uma quantidade que nenhum outro filme tinha conseguido até então esse ano. Como a função é fazer rir, a missão foi bem sucedida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...