segunda-feira, 11 de maio de 2009

OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES




NOTA: 9,5.
- É só mostrar um pouco de compaixão e as pessoas acham que vão escapar. É patético.

Coube a um filme europeu ensinar Hollywood como fazer uma personagem feminina realmente interessante. Ela não bate em homens 3 vezes maiores do que ela nem corre dando tiros em qualquer um que interfira em seu caminho. Mas não se engane, Libeth Salander é uma das mais fortes personagens que o cinema já conheceu, e apesar de não chutar ninguém, ela pode ser muito mais cruel que Angelina Jolie ou qualquer outra. É pagar para ver.
Ela divide as atenções com um repórter, Mikael Blonkvist, que logo no início do filme é condenado por ter difamado um importante empresário. Ele tem seis meses antes de ir para a prisão, e aceita uma proposta de um velho milionário de passar esse tempo antes de ir pra cadeia para procurar a sobrinha desaparecida desse homem. Ele tem certeza que que ela foi assassinada, mas o corpo nunca foi encontrado. O caso se torna mais difícil por se tratar de um crime que ocorreu há mais de 20 anos.
Acontece que Lisbeth investiga Blonkvist há um tempo, e quando resolve ajudá-lo anonimamente, ele acaba descobrindo que ela é na verdade uma hacker que invadiu seu computador. Ao invés de denunciá-la, ele pede sua ajuda para desvendar o mistério. Há um número limitado de suspeitos que estavam no local, ele deve apenas descobrir quem é o culpado. Claro que esse é um filme da nova era. Os dois usam internet e programas digitais para resolver o mistério. Fica interessante ver uma nova abordagem da solução de crimes que não envolva CSI. E novamente vale lembrar que não é um filme Hollywoodiano. Esse filme sueco está na vanguarda.
O filme é mais longo do que o gênero costuma ser, mas em momento nenhum é lento. Baseado no livro de uma trilogia, Millenium, os realizadores são inteligentes o suficiente para cortar o que podia atrasar o desenvolvimento da história e até mesmo adiantar fatos que somente apareceriam em livros posteriores para dar mais motivações a Lisbeth e deixá-la ainda mais interessante. E como no livro, todo o filme gira em torno de crimes contra mulheres. Não por acaso o título é bem apropriado.
Há uma produção Hollywoodiana para adaptar o livro para a língua inglesa. O diretor contratado é o bom David Fincher (Se7en, Clube da luta e O curioso caso de Benjamin Button), o que agrada, e o ator para viver Blonkvist é Daniel Craig (atual James Bond), mas para interpretar Lisbeth estão cogitando Kristen Stewart (a Bella, de Crepúsculo), que já não é uma boa escolha. De qualquer forma, não sugiro que esperem pela produção americana. Uma história contundente assim pode ser demais para a platéia de lá e duvido que o filme tenha a mesma intensidade. Como diria a propaganda, "Fique com o original".

4 comentários:

  1. parabés pela resenha...
    achei o filme comprido porém,ele eh ótimo.
    Meu irmão achou tão envolvente que não queria que ele acabasse tão cedo.
    provavelmente não aprovarei a versão americana, principalmente se tiver aquela atriz do crepúsculo...
    Fico com o original.
    eu tb gostei do estilo da personagem principal, a Lisbeth.
    Assinado por Carol
    E-mail: carol10.tm@hotmail.com

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  2. Ele poderia ser ainda mais comprido.
    Muita coisa do livro foi cortada. Acho que se gostou do filme adorará o livro. É muito bem escrito, mas a adaptação foi bem boa.

    O elenco está sendo fechado para aversão americana e em breve a adaptação do segundo livro chegará nos cinemas, mas o segundo é um pouco mais fraco.

    ATT
    DTS

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  3. Excelente, mostra que filme bom não precisa de efeitos especiais, e diretores conceituados e bla, bla, os gringos nao se conformando fizeram o remake, que assisti e nao aprovei superficial, forçado demais, amarradinho demais e atuações marcantes de menos, como sempre. A N. Rapace é a L. Salander personificada.

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  4. Realmente é melhor que a americana que eu gostei também.

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