segunda-feira, 5 de abril de 2010

CAMINHOS VIOLENTOS (AT CLOSE RANGE)



NOTA: 8,5.
- Você não quebra laços de sangue.

Ás vezes é ótimo assistir a um filme de pouco mais de 20 anos (24 anos, nesse caso). Isso porque te dá a chance de ver atores que ainda estão vivos e o que aconteceu de suas carreiras. Se a consolidaram ou não. De rostos conhecidos temos Sean Penn, Christopher Walken, Kiefer Sutherland, Chris Penn (irmão de Sean), Crispin Glover e Mary Stuart Masterson. Alguns você reconhece facilmente, já outros...
Vamos primeiro ao filme: acompanhamos Brad Whiteford Junior (Sean Penn), garoto de uma cidade pequena do interior que mora com a mãe e a avó. Talvez por uma falta de amor paternal ou por perceber que sua vida não vai a lugar nenhum, ele é atraído a procurar a companhia de seu pai (Walken), líder de uma gangue que vive de assaltos. Ele diz que onde as pessoas enxergam beleza, ele enxerga dinheiro. Acaba, ele mesmo, formando uma gangue.
Bradford fica deslumbrado com sua nova vida. Para quem não tinha nada, ter um carro e poder sair com uma garota bonita pode ser muita coisa. Arriscando alto para um assalto de tratores, toda a gangue acaba sendo presa. Bradford Sr. sabe que a polícia está atrás dele, e sabe que podem usar Bradford Jr. para mandá-lo para a cadeia. Para salvar a própria pele, ele é capaz de fazer qualquer coisa. Inclusive trair seu filho. Se acha improvável que isso aconteça, um aviso: o filme é baseado em fatos.
Mesmo hoje, a temática do filme é bem violenta. Tudo que Bradford Jr. queria era um pouco de amor e talvez um pouco de ação. Com certeza não esperava que tudo terminasse como aconteceu. Seu pai é um sujeito violento cercado de outros tão violentos quanto fracos e mesquinhos. Um detalhe curioso: logo no início dos créditos aparece em maior destaque o nome da Madonna, que canta a música tema do filme, como se fosse a coisa mais importante do filme. Para os curiosos a música é Live to tell.
Sean Penn tem uma carreira consolidada. Até hoje já foi indicado 5 vezes ao Oscar, vencendo em duas ocasiões (2004 e 2009). Apesar de sempre em evidência, foi com a maturidade que veio o reconhecimento. Christopher Walken é outro que se mantém em atividade. Nesse filme já mostrava grande habilidade em representar tipos estranhos. Antes desse filme, em 1979, já tinha um Oscar. Chris Penn, irmão de Sean na tela e fora dela, não conseguiu grande sucesso. Antes ele tinha sido coadjuvante de Kevin Bacon em Footloose e nunca foi além de coadjuvante. Seu maior sucesso provavelmente foi Cães de aluguel, filme de estréia de Tarantino. Faleceu em 2006. Kiefer Sutherland estava em começo de carreira. Ele é membro da gangue e mal tem uma simples fala no filme. Esse é seu quarto filme. Apesar do reconhecimento, que começou a aumentar com Conta comigo, nunca teve uma carreira sólida, sempre com altos e baixos. Seu maior sucesso acabou acontecendo na tv com a série 24 horas, onde ganhou um Globo de ouro. Mary Stuart Masterson ficou na promessa. Hoje aparece esporadicamente em séries de tv. Crispin Glover, um ano antes, tinha feito George McFly em De volta para o futuro. Recentemente sua maior participação foi nos horrorosos filmes das Panteras.

5 comentários:

  1. Madonna começou a se envolver com Penn tempos antes, estavam em clima de romance e co-produções...

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    1. Na verdade Madonna já era casados na época desse filme, tanto que o album True Blue, que tem a canção do filme fora dedicado ao marido Penn.

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  2. hooooooooooo meu ... na boa a trilha sonora do filme foi SIM algo muito importante para o filme... nao gostei da sua critica.

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    1. Não posso negar que a música é realmente impactante e acrescenta bastante coisa ao filme, mas será que é tão importante assim que ofusca as atuações, roteiro e direção?
      Não acha exagero?

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