domingo, 10 de maio de 2009

WORLD'S GREATEST DAD




NOTA: 8,5.
"Eu costumava pensar que a pior coisa que podia acontecer era terminar sozinho. Não é. A pior coisa que pode acontecer é terminar cercado de pessoas que te fazem se sentir sozinho." Lance Clayton

Esse filme levanta uma questão interessante sobre o que acontece depois da morte de uma pessoa. Não estou falando de nada sobrenatural, mas sim das pessoas ainda vivas e as relações que elas têm com a pessoa que morreu. Me lembra a morte de Michael Jackson. A maioria das pessoas mais o criticavam por conta da trajetória que ele deu a sua vida enquanto estava vivo. Após sua morte, encontrou uma popularidade tão grande ou maior do que na época que se encontrava no auge da sua carreira. Como sua morte pode o ter mudado? O mais provável é que não tenha, mas o ser humano tem um estranho senso de cultuar a morte.
O que nos leva ao filme.
Lance Clayton (Robin Williams) é um escritor fracassado. Ele tem cinco livros escritos que jamais foram publicados e ganha a vida dando aulas de poesia no colégio. Colégio onde também estuda seu filho, Kyle. Este é uma das figuras mais repugnantes do cinema. Ele não diz uma coisa sequer que não seja sexista, machista, vulgar ou estúpida. Insulta as garotas que passam pelo corredor e é odiado por quase todos no colégio. O único que não o odeia, além de seu pai, é Andrew, o único amigo. E sabe-se lá como são amigos, já que Kyle apenas maltrata Andrew e chama o pai de idiota enquanto estão juntos.
Um dia Lance chega em casa e encontra seu filho morto. A surpresa será melhor se eu não contar como. Para preservar a imagem do filho, Lance monta a cena para parecer suicídio e até mesmo escreve uma carta se despedindo do mundo. Quando a carta se torna pública, Kyle passa de o garoto mais odiado do colégio para se tornar o ícone daquela geração. Todos os que o trataram mal agora se unem para lembrar com carinho do garoto morto. O culto se torna ainda maior e toma ares fora do estado quando Lance escreve um diário que teria sido escrito por Kyle. Claro que o único que desconfia de tudo é Andrew.
O que torna o filme tão real são as interpretações inspiradas. Tanto de Williams mas especialmente de Daryl Sabara como Kyle. Williams entrega uma das melhores interpretações da sua carreira, comparáveis com as de Gênio indomável e Insônia. O que faz ser uma pena que ele ainda perca tempo fazendo papéis bobocas em comédias rasas. Pena também que apesar de inúmeras críticas positivas, o filme não tenha sequer vindo para a locadora ainda. Vai ver que a imagem de Williams está tão manchada que achem que não vale a pena.

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