quinta-feira, 26 de novembro de 2009

TRANSFORMERS: A VINGANÇA DOS DERROTADOS


NOTA: 1.
"Nós temos um monte de batalhas nos esperando." Major Lennox

Michael Bay, o diretor do filme, consegue se superar. A cada novo lançamento eu acho que é a pior coisa que se pode fazer, mas ele continua provando que estou errado. O primeiro filme já era um amontoado de cenas onde você não consegue saber o que está acontecendo costurado por um fiapo de história que não servia nem para um episódio de meia hora do desenho. Já esse segundo é uma dor de cabeça de duas horas e meia sem sentido e sem graça. De tão ruim, faz o primeiro parecer uma obra de arte.
Uma grande dificuldade que tive, foi encontrar uma frase que pudesse colocar no início da resenha, como já é de praxe. Não há um personagem, humano ou robô, que diga uma frase digna de nota. NADA. Não havia me deparado com nada parecido com isso antes. Em um determinado momento o personagem de John Turturro diz: "Oh, não. A máquina está escondida dentro da pirâmide. Se eles a ligarem vão destruir o sol. Não no meu turno.", e parte heroicamente para salvar nosso sol. Sabe-se lá porque eles queriam destruir o sol, mas fazer o quê?
Pior para os atores. Gosto de Turturro, mas nunca o vi num papel tão ruim. Ou pelo menos não consigo lembrar de nenhum que ao menos passe perto. Ele já fez alguns papéis com personagens estranhos, mas pelo menos tinha um roteiro para se apoiar. E ele já tem uma carreira estabelecida, o que me fez ter pena de Tyrese Gibson. Ele quase não abre a boca e quando abre fala coisas do tipo: "Nós derramos sangue, suor e metal precioso juntos." Triste.
Também não consigo entender o que os pais de Sam (LaBeouf) estão fazendo no filme. Eles vão para a faculdade levar o filho e a mãe dando uma volta no campus volta com um bolo de maconha. Mera desculpa para ela ficar chapada e render uma cena engraçada no filme, que nem chega a ser engraçada. Não imagino uma faculdade que isso aconteça com tanta facilidade, e mais ainda, que pais percebem isso e ainda deixam o filho lá para estudar (pagando U$ 40 mil por ano)?
Ao menos as cenas de ação deveriam ser boas, certo? Mas não são. Já não dá pra perceber muito bem os movimentos de um robô sozinho. Junte dois ou mais e vira uma confusão de metal para todo o lado. E ainda não consigo explicar porque máquinas tão avançadas que podem se transformar em praticamente qualquer coisa resolvem tudo com os punhos. Um soco é o melhor que eles conseguem imaginar?
Não é recomendado para ninguém. Na verdade, fiquei pensando em como poderiam usar o filme num episódio de House. Lembro que umas duas vezes ele tinha que provocar uma espécie de ataque epiléptico num paciente para provar sua teoria médica. Ele podia passar o filme para o paciente que teria rapidamente um ataque. E pra complicar, o paciente na verdade não seria epiléptico, provando que não sabiam a doença de verdade e que os filmes de Bay fazem mal ao cérebro de qualquer pessoa. Para não dizer que não há nada de bom no filme, há a Megan Fox, que mesmo sem saber atuar melhora qualquer cenário.

Transformers: Revenge Of The Fallen. Ano: 2009. Duração: 150 minutos. Com: Shia LaBeouf, Megan Fox, John Turturro e Tyrese Gibson. Direção: Michael Bay; Roteiro: Ehren Kruger, Roberto Orci e Alex Kurtzman; Música: Steve Jablonski; Fotografia: Ben Seresin; Edição: Roger Barton, Tom Muldoon, Joel Negron e paul Rubell.

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