sábado, 10 de outubro de 2009

DISTRITO 9


NOTA: 9.
“Tira essas porras de tentáculos da minha cara!” Wikus Van De Merwe
O maior mérito desse filme é trazer uma nova perspectiva aos filmes de alienígenas, coisa que não acontecia há muito tempo. Esqueça os alienígenas bonzinhos ou os dominadores, eles aqui são os “meio perdidos”.
Uma nave pousa na Terra, e dessa vez não é nos EUA, mas sim em Johannesburgo. Como não há atividade na nave, os humanos resolvem invadir a nave. Lá não há luzes piscantes nem nenhum efeito piro cinético. O que eles encontram são milhões de alienígenas acuados, desnutridos e sem saber direito o que fazer. Estudiosos acreditam que os líderes devem ter morrido por algum motivo, e essa é uma raça que precisa de um líder. Sem nenhum, eles não sabem o que fazer.
Assim, os humanos prendem todos numa espécie de favela onde eles devem ficar. A espécie é usada para realizar uma série de experimentos, por esse motivo eles não são autorizados a deixarem o planeta. São apenas controlados enquanto tentam descobrir um modo de usar as armas que não funcionam com humanos.
Como a população está insatisfeita com a situação, já que os intrusos se misturam com a população e há ataques e até assassinatos, o governo decide deslocá-los até uma espécie de campo de concentração. Então começa o processo de deslocamento, sendo liderado pelo burocrata chamado Wikus.
Wikus e o resto da população tratam os “camarões”, como são pejorativamente chamados, como todas as minorias foram tratadas ao longo da nossa história. Ninguém parece se interessar de onde eles vieram ou qualquer outra coisa sobre eles que não tenha motivos bélicos. Eles só se interessam em expressar que não gostam deles e que eles não são bem vindos. Numa cena, Wikus demonstra prazer em fazer um “aborto” numa casa cheia de ovos.
A vida de Wikus se complica quando ele encontra com um alienígena chamado Christopher Johnson (você não leu errado). Wikus entra em contato com uma matéria que começa a transformá-lo numa misto de alienígena com humano. Ele se torna interesse para o exercito, já que as armas deles só podem usadas por eles mesmos, e agora também por Wikus.
Ele se une então a Christopher (lembre-se que ele não é humano) para recuperar o objeto que o infectou. Para Christopher, é o trabalho de 20 anos para voltar para casa. Para Wikus, é a maneira de ser transformado ao normal.
É quando o filme se perde um pouco rumo ao final feliz, que nem chega a ser tão feliz assim. Mas nada que estrague o filme. Ele veio para revolucionar os filmes do gênero e conseguiu. O faz ainda como uma espécie de falso documentário que o torna bem interessante e perto do real, apesar do CGI, que nos faz identificarmos melhor com a situação. Ás vezes nojento, outras violento, e me fez em uma parte do filme ficar torcendo: “Mata os humanos desgraçados...”.

Um comentário:

  1. Com certeza um ótimo filme. Uma visão bem dúbia e, ao mesmo tempo, bem trabalhada na relação de preconceito e interesse. bom mesmo!

    parabéns pelo texto.

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