segunda-feira, 7 de setembro de 2009

APPALOOSA: UMA CIDADE SEM LEI


NOTA: 6.
“A maioria das pessoas inocentes não são espancadas, e se foi, é por causa do que Virgil Cole é, e vocês o contrataram para ser Virgil Cole.” Everett Hitch
Eu adoro filme de faroeste. Sempre que há uma nova produção sendo lançada, eu tenho esperança que vá ver a um bom filme do gênero. Geralmente acabo decepcionado. Aqui não é muito diferente. Não que o filme seja ruim, só não tem o que os filmes costumavam ter.
Aparentemente, o politicamente correto cinema moderno não tem mais espaço para esse tipo de filme e os faroestes de hoje são mais “certinhos”. Bem. Vejamos, era uma expansão para o oeste, uma terra que não tinha lei ou que quando tinham, nem mesmo as leis eram iguais para todo o território, uma constante guerra com os habitantes originais das terras – os índios, onde os duelos eram considerados normais e as pessoas morriam por nada.
Um faroeste certinho sobre uma época dessa? Realmente o gênero está morto para esses novos tempos. Eu não acho que eles estavam certos em matar índios, mas é o que eles faziam naquela época.
Appaloosa não foge desta regra. Everett Hitch e Virgil Cole são uma dupla de pistoleiros que ganham a vida acabando com os bandidos das cidades que os contratam. No caso em questão, a cidade título do filme. Virgil como o xerife e Hitch como seu delegado. Eles têm uma amizade de muitos anos. Hitch completa as frases que Virgil esquece. Pura confiança entre eles e eles são muito bons no que fazem. E eles tem sangue-frio e coragem para levar a lei numa terra dominada pelo terror sob o domínio de Randall Bragg e seu bando.
O elenco é todo de primeira. A dupla é interpretada por Ed Harris e Viggo Mortensen, já o vilão é Jeromy Irons. Além disso há a presença de Renée Zellweger e Lance Henriksen.
Zellweger é uma mulher que vai para cidade a procura de emprego. Não como prostituta. Ela toca piano e rapidamente se torna o alvo de interesse por Virgil. Este, que parece sempre ter procurado ficar longe de uma mulher fixa, se apaixona rapidamente por ela. A trama complica quando Virgil tem que prender Bragg.
O filme tem um ritmo interessante e vai além dos tiroteios. Há discussões sobre ética e até mesmo sobre o tipo de cortina da casa. Tudo segue muito bem até o inevitável tiroteio. Aí entra o problema.
As cenas de tiroteio são econômicas demais além de poucas. Não há nem uma tensão pré-tiroteio ao estilo de Sergio Leone. Tudo começa muito rápido e termina prematuramente. Até mesmo Hitch se impressiona: “Essa foi rápida.”. Se essa é a nova forma dos filmes atuais de faroeste, eu não gosto.

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